Já o frango vivo, que em apenas uma ocasião (mesmo assim, rapidamente) superou o preço inicial do ano, tende a encerrar o quinto mês alcançando, nominalmente, não mais que 86% do valor de abertura de 2014.
Claro, é uma situação desconfortável. Ainda assim é melhor que a registrada um ano atrás, ocasião em que o frango vivo via sua cotação reduzida a 60% do preço inicial do ano enquanto o boi obtinha ligeira alta (+1,03%).
Apesar, porém, dos desempenhos diferenciados em 2013 e 2014, constata-se – o que é curioso – que a relação de preços entre frango e boi de maio corrente é, praticamente, a mesma de maio de 2013. Ou, retrocedendo mais um ano, a mesma, também, de maio de 2012. Por partes:
Em 2012, entre janeiro e abril, o frango vivo alcançou valor médio equivalente a 26% do valor do boi (preço da arroba equalizada em quilos), índice que, em maio, apresentou ligeira alta e,revelando extrema estabilidade, permaneceu na faixa dos 27% durante todo o transcorrer do mês.
Em 2013 o frango vivo chegou a valer mais de 45% da cotação alcançada pelo boi em pé. Era o efeito do alto custo das matérias-primas aliado a uma compulsória redução na produção. Mas isso teve curta duração, pois a relação apresentou profunda deterioração entre março e abril. Em maio, porém, repetindo o que havia ocorrido no ano anterior, estabilizou-se. E, novamente, na faixa dos 27%.
Em 2014, a relação de preços entre os dois produtos vêm apresentando grande estabilidade, com variações de cerca de 3% abaixo e acima da média de 30% registrada entre janeiro e abril. Mas em maio corrente, essa estabilidade foi ainda maior e, pelo terceiro ano consecutivo, manteve-se em uma faixa em torno dos 27%.
Nos dois exercícios passados, a estabilidade absoluta observada em maio foi rompida no mês seguinte, ocasião em que o frango vivo voltou a apresentar relação de preços melhor. Isso só aconteceu porque, em ambas as ocasiões, o frango vivo teve desempenho econômico superior ao do boi. Ou seja: o momento da virada pode estar próximo.
