Desde que conquistou, em 2003, o status de rebanho livre da febre aftosa, a produtividade bovina em Rondônia obteve um crescimento na ordem de 190%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), saltando de 3,9 milhões de cabeças para mais de 12 milhões. Com isso, o Estado é o 7º maior rebanho bovino do país e 9º na cadeia produtiva de leite.
O Estado saltou da 6ª para a 5ª colocação entre os estados produtores de carne entre 2008 e 2012, abatendo 1,9 milhão de cabeças ao ano, conforme explica o superintendente Federal de Agricultura em Rondônia, José Valterlins. Por outro lado, as indústrias não perderam tempo ao instalar 19 modernas plantas frigoríficas, gerando aproximadamente 20 mil empregos e distribuindo renda no campo e na área urbana.
A pecuária de corte na verdade representa no Estado o principal produto do agronegócio respondendo por 50% de sua economia. As exportações de carne para 33 países incluindo a Rússia e Estados Unidos representam um forte peso na balança comercial e lançam novos desafios para os produtores rurais conforme avalia a o empresário Jaime Bagatto, que mantém um rebanho de 14 mil bois confinados na região sul do Estado.
Uma das maiores preocupações dos técnicos e produtores rurais é com a questão do solo. Para resolver esta situação o Governo do Estado busca através da tecnologia manter a boa produtividade. A degradação do solo ocasiona a baixa reprodutiva das vacas, que por falta de manejo adequado representa deficiências para o rebanho.
A secretaria de Agricultura, Desenvolvimento, Pecuária e Regularização Fundiária (Seagri), vêm buscando ferramentas para modificar esse cenário preocupante para que não comprometa o crescimento desse segmento tão importante para o desenvolvimento do Estado.
Tecnologia, informação e manejo adequado são as propostas do secretário Evandro Padovani para que o ruralista possa produzir com eficiência em áreas de menor porte, consolidando a pecuária no Estado.
Números que impressionam
Rondônia ocupa a 7ª posição entre os maiores estados produtores de gado no País. O 2º lugar na região Norte, com 80 mil propriedades rurais. Na atualidade o estado ocupa o 4º lugar entre os estados exportadores de carne bovina.
O crescimento pela demanda da carne rondoniense no exterior vem motivando o pecuarista a investir na terminação de animais, pois não existe mais espaço para o boi de quatro anos no pasto, isso só existiu na época que não existia o controle no custo de produção, pondera o empresário e pecuarista Gilberto Borgio.
Com o mesmo raciocínio corrobora o empresário e pecuarista, José Ramalho de Lima, que produz matrizes e touros Puros de Origem (P.O) trabalhando com inseminação artificial na produção de gado de corte, prontos para o abate aos 24 meses. Para José Ramalho de Lima, “a genética, boa alimentação e sanidade trazem rendimentos altamente positivo”.
Para ele não há cruzamento melhor que o nelore, uma vez que o principal desafio dos pecuaristas ainda é alimentação do rebanho e o nelore tem fácil adaptação para o clima e solo rondoniense. José Ramalho de Lima, fundador da Associação dos Criadores de Nelore de Rondônia, defende a pesquisa como forma de valorizar os criadores.